Macabeo

A uva branca Macabeo dispõe de grande prestígio no mundo do vinho, sobretudo na Espanha, onde é conhecida como uva Viúra e apresenta grande destaque na produção vinícola local. O auge de sua expressividade ocorre na comunidade autônoma de Rioja, onde é a uva mais cultivada, além de ser utilizada na produção do reputado espumante Cava. Com alto rendimento, a uva Macabeo é reconhecida pelo seu sabor leve, perfil aromático e pelos bons níveis de acidez que apresenta. Com caráter floral, os aromas mais frequentes que produz são os de maçã e amêndoas. Os vinhos secos mais envelhecidos sugerem aromas de caramelo e baunilha. É raro encontrar vinhos varietais elaborados com a Macabeo, entretanto, esse tipo de uva é amplamente utilizado em blends com variadas castas, entre elas, as mais recorrentes na Espanha são as uvas Xarel-lo e Parellada, as preferidas para a elaboração do Cava espanhol. A Macabeo também é frequentemente combinada com as castas Palomino e Malvásia. Já entre os vinhos de corte franceses, produzidos majoritariamente na região de Languedoc-Roussillon, as principais combinações se dão com as uvas Grenache Gris e Grenache Blanca, que atribuem aos vinhos uma coloração dourada, semelhante à da palha. Os rótulos que incluem a Macabeo são excelentes para acompanhar a degustação de pratos com frutos do mar, como camarão grelhado, por exemplo. Outra ótima opção para uma boa harmonização com vinhos a base da Macabeo é a salada, como a de manga verde, que dá um tom especial à experiência. Os vinhos brancos do Rioja empregam maior percentual de Macabeo em função de sua grande resistência à oxidação e, portanto, maior potencial de envelhecimento em barris de carvalho, técnica tradicional que expõe a bebida a quantidades pequenas de oxigênio. Atualmente, a Macabeo está presente em cerca de 90% da produção de vinhos brancos em Rioja, ao lado das uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc. Casta de grande sucesso no mundo do vinho, a Macabeo é cultivada em diversas regiões e conhecida por muitos nomes, entre os quais, os mais recorrentes são Blanca de Daroca, Gredelín, Makkobeo e Lloza.