A produção de vinho verde a partir da Espadeiro é conhecida desde o final do século XVIII, sendo uma casta rara cultivada apenas no Minho e nas Rias Baixas (região dos vinhos verdes da Galiza, em Espanha). Esta videira tem outras denominações, nomeadamente Espadão e Espadal, entre outras, conforme o local onde é cultivada. Na sub-região do Lima sabe-se também da existência de outra casta semelhante denominada Espadeiro Mole, embora não possua grande representatividade ou especiais qualidades. Muito produtiva e de maturação tardia, a Espadeiro está limitada à produção de Vinhos Verdes tintos. Apresenta cachos de grandes dimensões cilindro-cónicas, muito compactos e com bago médio e arredondado, de cor negro-azul e polpa rija. Esta é uma casta bastante resistente, conhecida pela sua tolerância ao vento e à humidade e pouco susceptível a doenças. Na vinha, o seu reconhecimento é bastante fácil, apresentando folhas brilhantes no Verão e nós muito salientes no Inverno. Ao contrário do que acontece com a Espadeiro Mole, os vinhos produzidos a partir desta casta são geralmente de boa qualidade. O mosto caracteriza-se pela pobreza em açúcares, o que resulta em vinhos bastantes fortes e relativamente acídulos, com fraca intensidade de cor, regra geral, rosada clara ou rubi esbatido.
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